terça-feira, 15 de abril de 2014

5 meses de cirurgia ortognatica

Dos 2º até o 3º mês eu já estava iniciando a volta para atividades corriqueiras, e que demandassem certo esforço. Com pouco mais de 2 meses voltei a andar de moto, tive muito cuidado para colocar e remover o capacete, já que era um pouco justo, mas nada que incomodasse. Muito estranho ficar um tempão sem andar de moto, então é bom voltar aos poucos e devagar... para se acostumar novamente com a moto e o transito. Voltei a carregar algumas coisas um pouco pesadas algo do tipo cadeira de madeira, carregar pacotes de compras. Não mudou muito a sensibilidade e a abertura de boa.

Com exatos 3 meses, e após muito enchimento de saco da minha irmã, me matriculei na academia, e alertei o instrutor que eu estava retornando de um pós-operatório, e comecei pegando pesos BEM leves e nada de corridas na esteira ou bicicleta, e tomando cuidado para não fazer qualquer esforço, sendo que mesmo com pouco peso, cansa bastante. Resultado, após o primeiro dia no caminho de casa eu comecei a sentir um pouco de pressão na área dos cortes da mandíbula, era um sensação que nunca tinha ocorrido, não incomodava, apenas era estranha e como nunca havia ocorrido me preocupei. Mas como no dia seguinte pela manha a sensação cessou, fui novamente para academia só que dessa vez era para malhar perna, e para surtir efeito era necessário utilizar muitos pesos, comecei com 30kg não parecia ser muito, mas no final a repetição do exercício fazia com que o esforço aumentasse. E com isso a mesma sensação estranha do dia anterior retornou, mas logo que acabei com o exercício, e mais intensa. Preocupei-me mais ainda, e o pior que demorou uns 4 dias para passar, e como estava faltando poucos dias para me consultar com o cirurgião Bruno Torres, deixei de malhar. Até que na consulta ele falou que agora era vida nova, eu poderia voltar a fazer tudo normalmente, comer tudo normalmente. Baita emoção ouvir isso, e ele ainda checou como estava minha abertura de boca. Mas depois caiu a ficha. Depois que você passa 3 meses inerte, sem fazer muito esforço para voltar ao normal requer tempo... ainda mais para mim que tive um pós-operatório delicado e conturbado. Esse foi o sinal de que eu poderia retornar para academia, tentei manerar mais ainda. Depois disso a sensação estranha não retornou. E também vale ressaltar que poder voltar a comer tudo, é uma doce ilusão já que eu ainda estou usando aparelho ortodôntico. Em fase final, mais ainda sim devo zelar pela integridade do mesmo.

Agora sim, com 4 meses no quesito físico, voltei ao normal. Mesmo com fator catalisador: academia. É necessário tempo. Um pouco antes desses 4 meses comecei a “correr devagar”, pelo que eu lia por ai, com 2 meses e tanto já tinha gente correndo...

Atualmente está tudo normal, exceto alimentação que ainda tenho cuidado para não danificar o aparelho ortodôntico, que alias já estou quase me removendo-o. Faz um mês que já teria condições de remove-lo porém os dentes “retrocederam”, usando elástico par posicionar os dentes após certo tempo sem utilizá-lo acaba interferindo um pouco na posição dos dentes em questão. Ainda é necessário evitar impactos na mandibula e maxila, por isso que nem cheguei a andar de bicicliceta... ou praticar alguma arte marcial.

A boa e velha parestesia, faz uns 2 meses que falta apenas METADE direita do queixo/lábio voltar ao normal. Depois disso algumas vezes por mês volta a “formigar” nessa área, nada forte ou intenso. Porém nada de voltar ao normal. A abertura não avanço nada, mas o que antes era necessário um esforço para chegar ao auge da abertura, é realizado normalmente (sem utilizar a mão).

Mudanças: na parte respiratória é notável a melhora, respiração melhorou bastante, mesmo quando eu esperava que o nariz ficasse todo congestionado, de repente estava normal sem muito “trabalho”. Por um tempo chegou a comentar com o Cirurgião Bruno Torres e com minha família que a minha voz havia mudado, mas pensando bem a cirurgia poderia afetar a formação da voz, assim como melhorou a minha respiração. Como leva tempo ate o corpo se recompor, desencanei disso. Porém atualmente com a minha recuperação quase completa, conclui que houve uma leve mudança na voz, e mais do que isso: houve uma mudança na minha dicção também, melhorou. Antes algumas poucas vezes eu “engasgava” na palavra, e até agora vi uma melhora nesse sentido. E o sorriso ainda está um pouco estranho. E faz pouco mais de um mês que comecei a sentir dor no ouvido direito: breve, fraca, só que acho que umas 2 vezes por semana.